CASO PINTO/TANDANE
ALBANO SILVA , despudoradamente mentiu e escondeu factos relevantes em torno do processo do caso Pinto/Tandane quando refere que a juíza Rupia “ proferiu um despacho com o qual não concordei, que foi a apreensão de bens, mobílias, geleiras dos réus para acautelar o direito a indemnização do ofendido (BPD).
ALBANO SILVA , despudoradamente mentiu e escondeu factos relevantes em torno do processo do caso Pinto/Tandane quando refere que a juíza Rupia “ proferiu um despacho com o qual não concordei, que foi a apreensão de bens, mobílias, geleiras dos réus para acautelar o direito a indemnização do ofendido (BPD).
Foram apreendidas todas as mobílias da casa do Pedro Pinto, da casa do Júlio Tandane e foram metidas num armazém. Os valores desses bens eram insignificantes em relação ao prejuízo que era muito superior ao valor dos bens apreendidos, ficaram guardados num armazém, foram danificados pelos ratos, roubados e não serviram para nada. Interpus o recurso de agravo contra a decisão ao Tribunal Supremo que decidiu no sentido de mandar anular o despacho da juíza e mandar devolver os bens apreendidos aos dois réus (Pedro Pinto e Júlio Tandane)”.
ALBANO SILVA mentiu e escondeu propositadamente que a então juíza Rupia, nomeara por despacho judicial o advogado assistente do BPD, Umberto Casadei para exercer as funções de gestor judiciário das propriedades empresariais de Pinto e Tandane. ALBANO SILVA , ao fazer referência sobre a apreensão de mobílias, geleiras e outros bens domésticos dos réus, tentou desesperadamente pela via do Magazine Independente, atirar areia aos olhos do povo e como estratégia-mediocre e despudorada escondeu o facto da juíza ter nomeado o advogado do BPD, Umberto Casadei, com as funções de gestor judiciário das empresas do Pedro Pinto e Júlio Tandane, como forma de acautelar o ressarcimento do prejuízo causado ao BPD.
É vergonhoso quando ALBANO SILVA se refere a mobílias e geleiras e não refere ao despacho de arrolamento das empresas, nas quais, ALBANO SILVA tenta ocultar. Contudo torna-se oportuno e imperioso realçar que o matutino Notícias edição de 27.01.1993 cita uma fonte da Procuradoria da República, na qual esclarece que “ Para assegurar a cobertura do valor da burla as instâncias de direito procederam ao arrolamento de todos os bens de Pedro Pinto e Júlio Tandane, ora a monte, e oficiaram as Conservatórias para impedirem qualquer forma de alienação do património do Pinto e Tandane.
A eventual devolução do montante em caso de ser ressarcido seria apenas uma circunstância atenuante e não isentaria de punição por se tratar de um crime público”. ALBANO SILVA na entrevista não se referiu às empresas de Pinto e Tandane, arroladas pelo tribunal na qual, Casadei teve a função de gestor judiciário.
Não são as ditas geleiras e as ditas mobílias propaladas pelo ALBANO SILVA na entrevista, mas sim empresas que passamos a enumerar:
1- Pastelaria Raio da Luz;
2- Pastelaria Edgar;
3- Café Continental;
4- Salão de Chá o Criador;
5- Bar Clube de Ténis do Jardim Tunduru;
6- Restaurante Boite Pequim;
7-Quinta das Rosas (Matola);
8-Snack Bar a Pontinha ( Catembe);
9- Gelados Aninhas;
10- Nova Pastelaria 25 de Junho (Bairro 25 de Junho);
11-Boite Nhatumbo ( Bairro do Jardim);
12-Restaurante La Bussola;
13-Restaurante El Greco;
14- Restaurante o Favo;
15- O Rei dos Cafés.
ALBANO SILVA na longa entrevista de quatro páginas não se referiu a essas empresas que a maior parte delas, Pedro Pinto cliente do ALBANO SILVA adquiriu com o dinheiro burlado ao BPD e ainda teve a ousadia de afirmar na entrevista:”Eu penso que também interpus o recurso ao Supremo, mas limitei-me a corroborar a posição do BPD, porque quem me forneceu os argumentos todos foi o próprio BPD...”É uma monstruosa mentira do ALBANO SILVA , que não passa de uma invenção dado não haver qualquer sentido de lógica devido ao antagonismo e divergências manifestadas publicamente entre Umberto Casadei advogado-assistente do BPD com ALBANO SILVA advogado de defesa do burlador Pedro Pinto.
O semanário Domingo, edição de 5 de Junho de 1994, faz referência que o Dr. Casadei em cartas enviadas inclui o nome do ALBANO SILVA entre os criminosos que devem ser presos e que tinha todas as provas documentais que ele denunciou às autoridades competentes.Umberto Casadei chegou de expedir 50 cartas cujas as cópias foram parar nas mãos do ALBANO SILVA durante o período que assumira as funções de gestor judiciário das propriedades dos Grupos Pinto e Tandane.
Casadei revelou ao Domingo, aventando a hipótese dos documentos terem lhe sido continuamente roubados e fotocopiados nos escritórios do Grupo onde ele trabalhava. Por sua vez a Dr.ª Isabel Rupia revelou ao semanário Domingo que houve casos de falsificação de documentos numa artimanha que envolveu um funcionário do tribunal e um advogado que até houve procedimento criminal.Por outro lado a afirmação do ALBANO SILVA na entrevista ao Magazine Independente que limitou-se a corroborar a posição do BPD porque quem lhe forneceu os argumentos todos foi o próprio BPD, é também uma cantiga para fazer adormecer os bebés e com este argumento ALBANO SILVA pretende transmitir que os moçambicanos são analfabetos e facilmente podem ser manipulados. Não tem enquadramento a versão do ALBANO SILVA , dado que o então PCA do BPD, Hermenegildo Gamito, numa conferência de imprensa ocorrida a 29 de Janeiro de 1993 prometeu e garantiu aos jornalistas que “ Estamos certos que o julgamento do Pinto e Tandane vai ter lugar após o processo ter corrido todos os trâmites legais mesmo que seja à revelia.
O BPD é que intentou a acção judicial contra Pinto e Tandane, bem como a funcionários da instituição. Estava muito bem engendrado o desfalque e foi graças a capacidade de controlo da instituição e seus mecanismos que se tornou possível a sua detecção”.
Entretanto, volvidos 15 anos, ALBANO SILVA referiu ao Magazine Independente:”Não tenho nenhuma informação sobre o porquê do recurso não ter sido decidido pelo Tribunal Supremo”. Agora bem se percebe como dizia o Leite de Vasconcelos “PELA BOCA MORRE O PEIXE”, os Juízes-Conselheiros da secção-criminal do Tribunal Supremo, Luís Mondlane, Norberto Carrilho e João Trindade são suspeitos de terem bloqueado o processo de burla caso Pinto/Tandane, por isso o influente advogado ALBANO SILVA com as suas supremas influências atreve-se a afirmar que nunca se interessou as razões do Tribunal Supremo não ter decidido em definitivo o processo Pinto /Tandane que já lá vai a 15 anos, que entretanto o caso do processo Pinto/ Tandane ainda não teve desfecho, embora o processo ser mais antigo em relação ao caso BCM. É uma prova que é a injustiça ou a justiça encomendada por este ou aquele tubarão e traficante de influências dentro de um sistema ainda bastante vulnerável de administração da justiça. Pedro Pinto com o beneplácito do ALBANO SILVA continua intocável e as suas empresas continuam intactas.
De realçar que os Juízes Conselheiros do Supremo Luís Filipe Sacramento e João Carlos Trindade deliberaram em 11 de Maio de 1995 conceder liberdade por meio de caução por fiança aos únicos arguidos presos Analdino Bernardo Maurício e Manuel Correia Fernandes Sumbana, na qual a juíza Isabel Rupia havia arbitrada a caução de 100 milhões de meticais (que equivaliam 90.000USD ao câmbio de 1990) a cada um, e que só admitiria a caução por garantia bancária. Contudo os réus recorreram ao Supremo solicitando a caução por fiança sem garantia bancária o que Sacramento e Trindade satisfizeram. Esta decisão de Trindade e Sacramento provocou inquietação e que no entender de muitos o processo não tendo réus presos, ficaria leve e daí as suspeitas que recaíram na decisão do Trindade e Sacramento na qual ALBANO SILVA actuou na sombra de forma discreta usando artifícios e influências. Na longa entrevista, ALBANO SILVA propositadamente oculta e nem faz referência ao advogado-assistente do BPD. Salienta-se que o BPD constituira para seu advogado, Umberto Fusaroli Casadei que em 1994 contava 68 anos de idade, natural de Itália, participou na luta de libertação de Moçambique feito que lhe mereceu a cidadania moçambicana.
Casadei chegou a Moçambique em 1970, altura em que se aliou à Frente de Libertação de Moçambique-Frelimo, trabalhando na contra-inteligência. Casadei, antes participou na resistência italiana contra o fascismo e viu nessa guerra o pai, um tio e primo serem fuzilados em Maio de 1944. Contudo, Casadei afirmou na imprensa moçambicana no âmbito do “caso BPD”, que tal como os seus parentes morreram heroicamente, para ele o mais importante é o comprimento do dever e defender o BPD, Instituição Bancária lesada.
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