quinta-feira, 23 de julho de 2009

Albano Silva volta a ser notícia mais uma vez


Por Serôdio Towo

Assim o consideram seus colegas de profissão
Albano Silva é mentiroso


A entrevista cedida a semanas pelo advogado Albano Silvano ao semanário Magazine, está a suscitar vários comentários no seio da classe dos advogados que alguns deles consideram o causídico de mentiroso por ter afirmado ser membro da Comissão Instaladora da Ordem dos Advogados de Moçambique o que não constitui verdade para as nossas fontes. Para aqueles advogados que por razoes de ética vigente naquela organização preferiram falar na condição de anonimato para.

Os advogados disseram em conversa com a nossa reportagem, sentirem - se desapontados pelo pronunciamento do advogado Albano Silva, de que é membro da comissão instaladora da Ordem dos Advogados afirmações que não constituem verdades e que põe em causa a historia e os nomes dos verdadeiros fundadores que efectivamente tanto se esforçaram e batalharam para a criação da Ordem dos Advogados de Moçambique.

Uma das fontes garantiu que Albano Silva não está na lista dos primeiros quinze advogados inscritos na Ordem e consequentemente a numeração da sua carteira profissional está abaixo de quinze pelo que o protagonismo do Albano Silva de afirmar na entrevista ao Magazine Independente de ser um dos primeiros inscritos e consequentemente fundador constitui uma mentira absurda. O Escorpião apurou a numeração da carteira profissional de alguns advogados sendo de destacar o número 1 que foi atribuído ao Dr. Carlos Alberto Cauio; número 2 ao José Manuel Caldeira, 10- Simeão Constantino Cuamba; 15- Maria Leonor Joaquim.
BATALHA ÁRDUA
Na senda da conversa mantida em anonimato com três advogados, levaram – nos a viajarmos ao passado para recordarmos por exemplo dos tempos do sistema monopartidário instituído na altura, para dizerem que ao contrário do Albano Silva houveram advogados que batalharam arduamente e até “derramaram sangue” para a criação da Ordem dos Advogados de Moçambique, abrindo desta maneira a instituição do Estado de Direito e Democrático.

Recorda – se ainda a fonte que, foi em consequência da tal batalha árdua, que alguns advogados sofreram retaliações baseadas a desencartamento e suspensão no exercício da advocacia privada, como foi o caso dos advogados Amâncio Novelo; Orlando da Graça; Simeão Constantino Cuamba, José Estêvão Muchine e Maria Leonor Joaquim.

Ainda em nostalogia desses mesmos tempos foi reviver passagens em que o advogado Simeão Cuamba foi contactado pelos familiares do então comerciante Gulam Naby, onde chegou inclusive de prestar assistência jurídica, o que não foi de agrado dos dirigentes e ministros do governo da altura.

De recordar que Gulam Naby, de nacionalidade moçambicana, então com 31 anos de idade, casado e pai de duas filhas menores de 5 e 3 anos de idade, foi julgado e condenado em finais de Março de 1983 a uma pena de morte por fuzilamento pelo Tribunal Militar Revolucionário devido a prática de actos ilícitos de natureza económica.

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