segunda-feira, 31 de agosto de 2009

ESQUEMA SEMELHANTE

No início da década de 90, quando Octávio Mutemba era Ministro da Indústria,
o governo autorizou o cidadão português António Simões, a obter créditos no valor de 20 milhões de USD junto do tesouro – em meticais – a uma taxa de juros altamente concessional,12% contra um juro comercial normal, na altura entre os 45 e os 50%. Este dinheiro, entregue o Estado ao Simões foi para ressurreição da companhia siderúrgica de Moçambique (CSM). Acontece que a CSM não se revitalizou e Simões usou uma parte dos 20 milhões de USD para mais tarde comprar o BCM.
Além disso jamais pagou ao tesouro a divida de 20 milhões de USD. Entretanto vendeu a sua parte ao Banco Melo e este por sua vez, foi comprado pelo BCP. Uma fonte garantiu ao Zambeze que Octávio Mutemba trouxe a Moçambique o falido empresário António Simões, amigo pessoal do então Chefe do Estado Joaquim Chissano e que quando em vez, este nas férias era visto na sua quinta em Portugal.
António Simões quando chegou a Maputo transformou-se em industrial e beneficiou dos fundos do tesouro para ressurreição da ex-Cifel e transmap. A criação da Seguradora Impar foi o motor para se adquirir o BCM uma vez na última hora colocou-se no caderno de encargo a imposição de poder adquirir só uma instituição financeira, o que de certa maneira traiu outro grupo de administradores que pretendiam adquirir o próprio banco(BCM). Nesta instituição bancária ocorreram fraudes que ascenderam os 300 milhões de USD que era na altura principal motora da inflação galopante no País. O mesmo dinheiro serviu para comprar o próprio banco (BCM) e depois fez a real venda ao BCP numa operação secreta em termos de valores envolvidos e no que se sabe serviu para legitimar o dinheiro desviado do próprio BCM e sacado do tesouro.
A morte do Siba Siba está directamente ligado ao plano de descapitalização das empresas públicas e estatais, em que um número restrito de cidadãos ligados ao poder urdiram secretamente um plano para drenar fundos do Estado por via do Banco Austral. Criou-se a Invester consórcio moçambicano que foi precedido pela constituição da SOTUX e outras empresas moçambicanas. Inventou-se desta feita um parceiro malaio do banco falido representado pelo Mugatan, semelhante a figura e o papel do António Simões no BCM. As fontes do Zambeze afirmaram que o Consórcio moçambicano (Octávio Mutemba, Álvaro Massinga, Jamu Hassan, Nyimpine Chissano) trabalharam para o mesmo pseudo dono do Banco Austral o então PR Joaquim Chissano.
A empresa SOGEP do Octávio Mutemba adquiriu a Geomoc e a Steia e para revitalizar a Steia trouxeram Scevial Goupal (Malaio) e amigo de Mogatan. A Geomoc empresa do grupo Mutemba foi ao Banco Austral presidido por Octávio Mutemba levantaram valores avultados sob forma de empréstimo, com este dinheiro pedido pela Geomoc pagaram a entrada do cidadão malaio Goupal na Steia. Assim Goupal transformou-se em sócio e daí começaram as relações para operações de drenagem de fundos para as empresas Geomoc, Steia.
Indirectamente Octávio Mutemba é accionista da Imobiliária Imperial através de esquema de drenagem de fundos do Banco Austral construiu um luxuoso Bairro da Sommerschield-2 e um vasto império imobiliário em Maputo e fez as fortunas que hoje vemos nas mãos do grupo.
A fonte do Zambeze está convicto que Siba Siba morreu por ter descoberto este esquema de retirada dos dinheiros e nunca dos devedores como erradamente procuram empurrar a investigação. Portanto este grupo é autor moral dos crimes contra Siba Siba e Carlos Cardoso. O que varia são os autores materiais dado que no caso Cardoso usaram Anibalzinho, Carlitos e Escurinho, tendo inclusivamente Nyimpine Chissano usado Nini Satar para proceder os pagamentos ao Anibalzinho, dado que aquele (Nini Satar) exercia a actividade financeira de moeda estrangeira, enquanto no caso Siba Siba usaram pessoas que foram dos serviços secretos de um grupo designado “esteira”.
De realçar o juiz Cinco Reis que fez o despacho de não pronúncia ao Parente Júnior escreveu no seu douto despacho que das “diligências efectuadas ficou suficientemente provado que entre os dias 9,10,11e 12 de Agosto de 2001 houve um número considerável de chamadas telefónicas entre Octávio Mutemba e Nyimpine Chissano, a partir de um terceiro número cujo o titular não foi possível identificar” .
Salienta-se que a PGR liderada por Augusto Paulino estranhamente emitiu um despacho de abstenção, ou seja não acusou ao Octávio Mutemba ex-PCA do Banco Austral. Salienta-se que Carlos Cardoso dias antes do seu assassinato ou seja a 6 de Novembro de 2000 enviou um fax ao Octávio Mutemba a questionar se o mesmo havia sido autorizado a credencia de 40 hectares de terreno na zona compreendida entre Bairro Triunfo e Costa do Sol, estranhamente Octávio Mutemba veio a responder no jornal metical no dia 1 de Dezembro de 2000 ou seja depois da morte do Cardoso

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